7 SOURCES, neswletter sobre futuro do jornalismo, chega a 50 edições
Projeto gratuito de curadoria indica sete conteúdos relevantes sobre tendências do jornalismo e da comunicação
Em novembro, o jornalista Flávio Moreira criou a 7 SOURCES, uma newsletter para compartilhar conteúdos relevantes sobre novas tendências do jornalismo e da comunicação. Nesta quarta-feira, o projeto de curadoria completou 50 edições.
“A ideia é a seguinte: a cada edição da 7 SOURCES, eu indico sete conteúdos que avalio importantes dentro das temáticas citadas. Assim, o assinante não perde tempo com tanta informação disponível. Eu mando tudo filtrado e mastigado na caixa de e-mail”, explica Flávio.
Os temas são variados. Como o jornalismo se sustentará como modelo de negócios? É possível combater as fake news? Como conhecer melhor a audiência? Qual será o papel da comunicação na sociedade daqui para frente? “São perguntas como essas e muitas outras que pretendo tentar responder com a curadoria de conteúdo”.
Para assinar, basta acessar o link (http://bit.ly/7SOURCES) e preencher o formulário. É grátis.
A 7 SOURCES número 50 foi especial, com os sete conteúdos mais clicados em suas primeiras edições:
1) O Whats’s New In Publishing está fazendo uma ótima série de posts com 50 ideias de monetização para negócios de mídia (leia em inglês) (https://whatsnewinpublishing.com/2019/01/50-ideas-for-making-media-pay-a-definitive-guide-2/). Eles já falaram sobre assinaturas e publicidade e agora listam outras linhas de receita:
Eventos: “Uma série de publicações maiores realiza atividades com foco principal networking e conhecimento da indústria. Esses eventos viram conteúdo, oferecem oportunidades para atender a profissionais com a mesma mentalidade e, por sua vez, também geram receita”
E-commerce: “Assim como acontece com os eventos, embora haja potencial de receita aqui, também há complexidade de camadas adicionais para os publishers. No entanto, dada a necessidade contínua de diversificação de renda, podemos esperar que mais empresas explorem essas possibilidades”.
2) Estão abertas as inscrições para o curso online e gratuito “Algoritmos de Notícias: O Impacto da Automação e da IA no Jornalismo” (https://journalismcourses.org/ALG0119.html), do Centro Knight. Os alunos aprenderão como os meios de comunicação estão usando algoritmos, automação e inteligência artificial para fazer jornalismo, e como podem aplicar essas ferramentas em seu próprio trabalho. O curso tem duração de quatro semanas, de 11 de fevereiro a 10 de março de 2019.
3) Acho que eu dou essa dica desde 2008, mas nunca tinha visto um material tão completo. Aqui tem um guia (em inglês) que ensina a fazer buscas avançadas no Twitter (https://espirian.co.uk/twitter-search-advanced-guide/). Todo jornalista tem que saber pelo menos o básico, mas as possibilidades são infinitas.
4) O Max Read (http://nymag.com/author/Max%20Read/) escreveu um artigo MUITO importante para a New York Magazine (em inglês) falando sobre tamanho das fraudes de tráfego na internet (http://nymag.com/intelligencer/2018/12/how-much-of-the-internet-is-fake.html). Ele mostra que, para gerar impressões (e até cliques) de anúncios, mais de 40% na navegação web é feita por “robôs”. Já é muito caro fazer conteúdo, mas fraudes assim inflam os preços dos espaços disputados por anunciantes e fazem com que todos percam a confiança nas métricas.
5) O Poder 360 fez um interessante balanço de 2018 para o jornalismo no Brasil (https://www.poder360.com.br/midia/negocios-de-midia-2018-foi-o-ano-de-fechamento-de-jornais-e-revistas/), ano em que seis negócios de mídia de fecharam as portas. A análise também aborda o Grupo Abril, que não encerrou as atividades, mas pediu recuperação judicial e colocou mais de 800 pessoas na rua, sendo 171 jornalistas.
6) Emily Roseman (https://medium.com/@emily.roseman?source=post_header_lockup), editora do Single Subject News Project (https://medium.com/single-subject-news-project), fez um guia muito legal sobre como fazer otimizações retroativas de SEO em matérias que performaram bem no passado (em inglês) (https://medium.com/single-subject-news-project/how-to-retroactively-seo-optimize-your-sites-top-stories-8a0d0c5bb5e5 ). A técnica consiste em melhorias em publicações antigas para que elas continuem com bons resultados em buscas. Alguns dos passos são: 1) Saiba quais são as 50 palavras-chave principais do seu site; 2) Identifique a classifique os conteúdos com maior audiência; 3) Revise os títulos; 4) Revise a meta descrição; 5) Revise as imagens; 6) Revise a URL; 7) Faça parcerias para link building.
7) Se você já é um jornalista que migrou para a área de marketing ou está pensando em migrar, o Simon Owens(https://medium.com/@simonowens?source=post_header_lockup) listou três motivos pelos quais as empresas deveriam contratar jornalistas para suas campanhas (em inglês) (https://medium.com/@simonowens/3-reasons-you-should-hire-a-journalist-to-write-your-content-a1173d2ecc13). É, na verdade, uma propaganda para ele ser contratado, mas a hora vender o seu peixe, as três razões podem reforçar o seu argumento: 1) Experiência com deadline; 2) Jornalista sabe escrever para grandes audiências; 3) Experiência com entrevistas.
Se você tem alguma sugestão de conteúdo e gostaria de compartilhar com o resto da lista, envie para newsletter@flaviomoreira.com. Caso você queria indicar a newsletter com alguém, é possível consultar as edições anteriores (http://bit.ly/7SOURCES) e assinar por aqui (http://bit.ly/7SOURCES).
FONTE:
http://jornaldiadia.com.br/2016/?p=527703